O vazio que explica, a profecia malditade de estar vazio. Na vontade, o frio de mais um cálculo, inexato. Fechar os olhos não escurece o que não quero ver. Pedir perdão, aos pés da minha própria imagem, já não expurga o erro de continuar.
No choro, a hipocrisia da minha fragilidade, e maduro, rio as escondidas, do despeito da compaixão. Já não posso parar, e os olhos arregalam, face a face, no espelho da alma perdida.
Fugas agora custam caro, te puxam pelo braço, e na cerne do meu ser, cobram o vício que não quero ter; o presente.
Do baralho, puxo o sétimo Ás, e das verdades da trapaça, só tenho a maestria de fazê-la... consecutivamente.
O apelo perde-se no eco da resposta, e oco retorno ao processo da minha perdição, onde já estou graduado.
Doce mente que se cala em todos os momentos, onde, precário, lhe pergunto qual é a razão. Mortais são meus instintos banais. Irreversível é o despertar de manhã.
Com ciência do final do capítulo, releio as páginas amareladas, umedecidas cautelosamente com saliva.
E no final, volto ao começo predito, e num conformado suspiro, piso nos passos marcados, do mesmo caminho.
Estou retrógrado na ida, ancioso na volta.
O avesso explica o lado de fora. Cada vez mais remendado por dentro, pelo exterior uniforme.
as chagas não sangram, enquanto as cicatrizes purgam. trago em meio o sorriso torto, e na ressurreição, a esperança, de quem sabe dessa vez findar.
Mas o irreverssível, é o despertar de manhã.
Esse foi um dia triste, mas que me gerou alguns textinhos... Já não acho esse dia tão ruim.
4 comentários:
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adoro seus comentários profundas sobre a natureza humana Isa^^
Bia, fazia etmpo que não lia coisas assim dos seus textos..é desses que eu quero que você me mostre!
Gostei de muitas coisas, os paradoxos e antíteses que você usou e abusou, ficou bem feito!
Também gostei de duas partes em especial, o "sétimo ÀS", sempre cheia de simbolismos e os jogo de palavras: "Doce mente" e "Com ciência".
Mas o ponto forte ainda é sua marca registrada...a intensidade...você sabe que eu sou seu fã, ne?
Muito bom, menina. Beijo maninha.
P.s. O código que eu tenho de escrever é "copan"...mano, edifício copan, cara! piiiiiiiii.
Ah é, eu me esforço muito para atingí-los.
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