terça-feira, 9 de março de 2010

Ah, em ti vi o caos desse esquecimento
as maldades mau ditas
de um dito popular
que o que tens, o tens por merecê-lo

Ah, em ti, tive o subversivo dessa arte
onde reportam por belo
aquilo que massacra
mascarando o que não podem entender

Ah, em ti todos os dias são verão
a coragem de sua história
um calor sufocante que não pode nublar
a frieza desse fechar de olhos coletivo

Em ti tive, ah!
o concreto dessa insubstancial compaixão
que aflora pelo medo de notarem
que na verdade, não floreceu

Há em ti, o clima propício
a beleza de seus descendentes
a coragem de sua história
a guerra pela sua paz

Há em ti, o temor que se inspirem
em seu lutar incessante
por isso o marasmo
moral suficiente para que se sentem novamente

Há em ti, a lama que alimenta
as crianças envelhecidas
as mães que tem por bonecas e primeiro brinquedo
o filho que mal poderão criar

Agora, em ti há
esse sensacionalismo enfadonho
que tenta recobrir com pó, rouge e esmolas
o esmo em que sempre te deixaste

Nada tive de ti
pois há em ti as sombras
de uma imundície que não limpam
para que não se sujem


Acho que esse post tá bem fácil, não é do meu feitio, mas ainda assim óbvio