domingo, 21 de novembro de 2010

Transborda onda
em seu majestoso quebrar
Leve meus pensamentos contigo
à alto-mar.

Que lá residam em paz
cientes da fortuna
que, se não os tormou mais belos
ensinou-lhes uma nova maneira
de enxergar.

Zele por nós
que aqui atracados,
estarrecidos ficamos
e me faça uma oração
antes do seu derradeiro, e resignado
afundar.


Ai ai, o mar me deixa tão romântica...

terça-feira, 9 de novembro de 2010

No peito daquele homem
cheio de costuras, suturas,
remendos e purulações,
Fobias, vazio
angústia e apatia.

No peito daquele homem
músculos e fibra
responsabilidade e letargia
rigidez e poesia
infância esquecida

No peito daquele homem
negação da sua verdade
intimidade em seu anonimato
descompasso do coração
honra em sua derrota

No peito daquele homem
o bater da anunciação
o arrastar do existir
o pesar, o mártir
o bêbado a se iludir

Mas no peito daquele homem
o que se vislumbrava, singela
era sua camisa de algodão
hermeticamente fechada por 6 botões