sábado, 22 de agosto de 2009

E no mais íntimo do seu trago, o vento fustigou-lhe a face, e veloz, contou seus segredos, que ela, de longe conhecia.


Subjugando seu destino, cravou da impunidade seu sorriso atroz... e pela curva em que fora feita, no profundo do seu gozo, desfez-se em sua tez, a certeza... chegara a hora.


De braços abertos, em sua torpez de:


-Entregar-me? Nem agora!


Destruiu-se, mais uma vez.


Docemente, afundou em si mesma, cerrou os olhos para fora. Embargou, no seu último sorvo, tudo o que dantes tivera aos poucos.


Nenhuma lágrima escorreu, nem o mínimo sentimento de pesar, já não sentia... era sentida.


E em seu seu trago transformara-se.


Flutuou livre, rarefeita espalhava-se, fragmento de pluma, pó de estrela...

Una em sua condição dúbia, sorriu mais uma vez...e tragou a si mesma...


Devo esse texto aos meninos de BH, saudades.

Um comentário:

Bu disse...

Aaaaaaaaaaah gostei desse texto, muito. Todo mundo tem falado sobre alguma forma de liberdade em seus blogs.. acho isso tão bom (?)
é que minha alma tá no momento do "vou voar" e ai já viu.. é..
gostei gostei.
Então
(: