de onde moro, do que faço, do que sou
É o reflexo do lago no céu
Meu lar é o descompasso
é o conforto de ver, de fora
janelas recheadas de seres,
em seus lares
É o sentir-me só em companhia
e repleta quando desacompanhada
Meu lar é o inverso do que falo
e o dobro do que faço
É a carência de uma dor
e o recusar de um afago
É a nostalgia do que vem
e a recusa do que passou
Meu lar é o germe do seio
ainda no ventre
que inocente crescia
sem a crença
de que o apunhalaria
enquanto dormia,
depois de farta
me alimentar.
Esse é sem correções, amanhã eu leio e vejo os buracos que deixei.
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