Nas estações da minha vida
Estaciono
E indolente
Espero o estio passar
Submersa em meu silêncio
Me recolho ao frio desses olhares
Que questionam
Que oprimem
Que hipócritas
Finjem que não compreendem
A garoa perfura a alma
E de companheira
Tenho árvores secas,retorcidas,doídas
Que ainda assim
Creêm mais que eu
Vago nessa neve suja
E lenta,continuamente
Me vergo sob o peso do céu
Mais belo e impenetrável
Que o mais puro marfim
Me lembro,nostálgica
Da época que permiti que minhas
Pobres folhas caíssem.
Em cada uma
A recordação daquilo
(que hoje)
Sei que não posso substituir
Aventure-se
Gritava meu espírito
E como forasteiro
Que nada tem a perder
Não temi
Dei o passo incomensurável
Dos que perderam a razão
Restando-lhes somente a coragem
A tamto tempo
Me atei aos restos
Do que fora
Que estou presa
Entre meus galhos mortos
Nada há,do que foram outrora
São ressentimentos
Vingança,rancor
Dissimulados
Preparam-me a cama com espinhos
E o café com cicuta
Sou tão amarga quanto eles
Aplaudo em torpor
O espetáculo do predador.
Sou a garoa,a neve,os galhos,
o estio.
Sou tudo quanto seja necessário
Para que não tenha que sentir a dor
O medo intangível
De então,finalmente,
Florescer
Estou murcha,
Desde muito antes de nascer.
Que saudade do meu blog!!!Voltarei a escrever nele regularmente agora.(Sensação de que estou falando sozinha,hehe)
2 comentários:
Não está falando sozinha!^^
Bem, sou sua fã! Seu blog está linkado no meu há tempos, msm eu não a conhecendo.
Foda! Parece q eu te entendo perfeitamente.
voce nunca estara falando sozinha enquanto houver essa semente perdida no meio de tantas flores murchas nostrando que ainda há esperança de mais uma vez germinar
bia lerei em breve tudo que publicou nesse blog pois tudo que voce escreve torna a vida mais facil de se entender e dexarei meus comentarios por enquanto li apenas os que postou esse ano mas poucas vezes me senti tao bem em frente ao computador como hoje lendo seus pensamentos
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