terça-feira, 8 de abril de 2008

Efeito Colateral

E de repente
De modo tão doce quanto veio
Vai ao longe
Lá,além do distante
Meu saber oboleto
Do que venho a ser realmente
Se dispersa
Tão fulgás!
O sorriso que me empenhei em desenhar
Escorre por entre os dedos
Os dedos
As unhas
Os cabelos
As formas sevão
Pelo vão em que vislumbrei o outro mundo
Com seus prédios que cobrem céu
E as grades que dividem
A grama suja de urina
Do cão uniformizado e cansado
De seu árduo trabalho escravo
Em que ganha em promoção
A lavagem que os porcos lhe dão

E respostas imediatas
Para questóes intermediárias
De razão
Paixão
E ilusão
Se concretizam
Num virar de páginas

As luzes brilham mais fortes
quando nos apagamos da visão
Que nos acostumaram a ver
Os passos não indicam mais o caminho
Mas passeiam a esmo
encontrando aqui e acolá
Uma pegada
Em nossas descobertas virgens

E virgens são as atitudes
Por mais repetidas que já tenham sido

Estou no início de uma nova era
uma nova vida
Novas escolhas
Sem que contudo
Nenhuma delas seja inédita
Nada na verdade é novo
A verdade é nova de uso
É apenas o início
De descobertas há muito feitas
Refeitas e vividas
Porém esquecidas

Esqueço ou aprendo?

Um comentário:

Gabriel Simon disse...

Há você me fala de escrever naturalmente e não é isso não... Eu tenho treino pra escrever! Enquanto você escreve bem por instinto menina( Estou falando sério só ali no texto eu vi, várias aliterações rimas prosódias, e escalas ritmicas) = P

Que coisa hein.

Parece que eu e você estamos enxergando mundo diferentes agora...

Como diria a Isa, Changes!

Vamos indo Bia, os tempos não são claros não, nem as coisas são certas. Mas estamos apreendendo e esse é o importante