terça-feira, 20 de maio de 2008

Aquém

Vago impressa
Nas impressões
Que expiro,
Decaio do alto
Me choco no asfalto
e vou além do meu mundo

Deturpo o pudor
Estupro o rancor
Que corrói a ferrugem
do que é feliz

Fecho meus olhos
Para a escuridão que assola
E "ascendo" uma luz
Que excede meu saber
Obsoleto,
Em seu tricotar existir

Desdobro as mangas rubras
E entorno o caldo doce
Que me amarga a inocência

E agora,o que me resta
É fazer de palavras simples
Mil significados,
Sem que nenhum deles,
Signifique aquilo que gostaria de expressar

Mas expiro impressões,
que tampouco expressam
As vagas que carrego
Para um pouco mais
Do pudor que estupro

Ou quem sabe,um belo e cafona amor.


Prometo,que vou tentar parar de usar as palavras belo e palavra.A culpa não é minha,elas me dizem muito,e por mais dor que tenho ao lê-las,não deixam de ser belas,nem de ser palavras.Preciso parar de me repetir^^.

3 comentários:

Gota disse...

"E entorno o caldo doce"
As vezes eu tbm entorno o caldo, mas ai minha mãe briga comigo XD ahuahuhuahuahuuahuahuahuahuahuahuahu

Bjão mocinha, nos vemos por ai...

Vinícius!!! disse...

rsrsrsrs

concidentemente estava ou vindo "sei que as vezes uso palaavras repetidas, mas quais são as palavras que nunca são ditas???"(8) quando li oq vc disse após o poema... não se preocupe com a repetição das palavras... use-as se for oq vc sente... é o sentimento que faz de seus poemas grandes poemas!!! ;- )

adorei!!!

bjus!!!

maiblup disse...

CAra, pode confessar, fui eu que escrevi isso, não é!?hehehhe

Muita identificação...

Acho que eu não preciso nem comentar.