sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

O grito sussurrado em uníssono
A prece pálida,febril
O descompasso do ritmo sincronizado
Um sorriso que já não é infantil

Passos dados ao largo
Dados que revelam uma face
Fase viciada de abstinência


De negrito,ela se pinta
Mas não revela.
No reflexo dos olhares
Vê seu próprio pedido de ajuda
E sorri
Imbecil mente

Há ruídos do outro lado da porta
Por aqui ainda reina o silêncio.
Cores mesclam-se na sua frente
Na irrealidade ainda há sobrevivência

Da janela,respira o ar estagnado
De seu interior,presente
Outro ser,se alimenta

Observa-se de vários ângulos
De todos nada há,além daquilo
Que lutara para não ser
Questão obsoleta
Para que agora seja tratada

Não há pessoas,nem amigos
Objetos,botões de fácil acesso
Amenizando sua direção,
Só por ser contrária
Por estar ao sul da sua chegada.
Está onde queria pelo avesso
Tem o que precisa pelo lado esquerdo...

Mas não se cansa
Nem pensa em desistir
Tem coisas em sua
Pelas quais,não vale mais a pena resistir

No banco da igreja
Ouve as canções do coral
Tão indecente!
Maravilha-se com os dons
Que deus deu ao Homem
Para que o homem desse a Deus

Está num círculo
Comprimida como raio
Divertindo-se conforme pode
Conforme bebe
Conforme usa
Com forma rotulada e desprezada
Por não ser melhor
Que sua própria embalagem

Despreza-se

Fecha a janela e abre a porta.
E tarde demais
Tenta reverter seu caminho
Está cruzada


Maldito inconsciente subjetivo...

Um comentário:

Unknown disse...

faz que nem vinicius de moraes e escreve uma antologia poetica tudo o que voce escreve parece real e possivel exergar a situacao como se fosse ao nosso lado. achei um pouco triste mas sincero