O grito sussurrado em uníssono
A prece pálida,febril
O descompasso do ritmo sincronizado
Um sorriso que já não é infantil
Passos dados ao largo
Dados que revelam uma face
Fase viciada de abstinência
De negrito,ela se pinta
Mas não revela.
No reflexo dos olhares
Vê seu próprio pedido de ajuda
E sorri
Imbecil mente
Há ruídos do outro lado da porta
Por aqui ainda reina o silêncio.
Cores mesclam-se na sua frente
Na irrealidade ainda há sobrevivência
Da janela,respira o ar estagnado
De seu interior,presente
Outro ser,se alimenta
Observa-se de vários ângulos
De todos nada há,além daquilo
Que lutara para não ser
Questão obsoleta
Para que agora seja tratada
Não há pessoas,nem amigos
Objetos,botões de fácil acesso
Amenizando sua direção,
Só por ser contrária
Por estar ao sul da sua chegada.
Está onde queria pelo avesso
Tem o que precisa pelo lado esquerdo...
Mas não se cansa
Nem pensa em desistir
Tem coisas em sua
Pelas quais,não vale mais a pena resistir
No banco da igreja
Ouve as canções do coral
Tão indecente!
Maravilha-se com os dons
Que deus deu ao Homem
Para que o homem desse a Deus
Está num círculo
Comprimida como raio
Divertindo-se conforme pode
Conforme bebe
Conforme usa
Com forma rotulada e desprezada
Por não ser melhor
Que sua própria embalagem
Despreza-se
Fecha a janela e abre a porta.
E tarde demais
Tenta reverter seu caminho
Está cruzada
Maldito inconsciente subjetivo...
Um comentário:
faz que nem vinicius de moraes e escreve uma antologia poetica tudo o que voce escreve parece real e possivel exergar a situacao como se fosse ao nosso lado. achei um pouco triste mas sincero
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