segunda-feira, 10 de março de 2008

Do caos
a chama da esperança
Da esperança
o enfado da espera
Da espera
a angustiante frustração
Da frustração
o existir obsoleto

De todos
Um nada
Do nada
Tudo
Tudo
Um engano

A rotina
O gotejar da vida
Parca
Escassa
O sorriso amarelo
que tinge o brilho do olhar
Ofusca
Apaga
Destrói
O pulsar disritmado
Batido
Parado
Pulsando
Pulsando
Pul
san
do
Esperando sem fim
Um fim
Início da razão
De existir em si

As algemas invisíveis
Prende aqueles que nela acreditam
Escravizam seus fiéis
As algemas
A nobre instituição
Voltada em comandar você
Para o bem
Que não te informaram qual é

O pileque
Fuga programada e dependente
Uma ilusão
Te prendendo mais
Que qualquer corrente

Uma consciência
Quem sabe uma luz?
Um brilho frágil na escuridão
O despencar eterno
Do abismo infindável

Uma consciência
O tormento
O arregalar de olhos atordoados
Em reflexões
Em pequenas conclusões

Uma consciência
Unidade
No conjunto universo
Da ignorância cômoda
De se deixar prender
Acorrentar

Unidade
Na densidade demográfica
Inseparável
Uma massa

Unidade
Em alto relevo
Solitária
Como apenas um pode ser
E mais completa
Que todos nós

Talvez nada seja tão bom quanto parece...
Talvez "consciência" tenha,no texto,a conotação mais ridícula e patética que posso imaginar
Talvez não tenha
Talvez o meu reflexo não queira me dizer nada,e continuo no escuro cômodo das classificações obvias
Talvez estaja fixada por essa idéia
Talvez,o tempo de conjecturas tenha passado,e eu fico aqui,a me perguntar,a questionar o que sei responder...mas não consigo...não consigo

2 comentários:

Gabriel Simon disse...

Cara eu to chocado!

Sabe o tipo de coisa que você sente vontade de matar o autor pra falar que foi você que escreveu.

Então Bia, se me encontrar tenha medo...

Bia disse...

brigada tio ga

mas vc eh inofensivo

ou somos igualmente perigosos

obrigada

vc foi o primeiro q leu meu blog^^